O Realismo Fantástico foi um movimento artístico que teve origem em Viena, na Áustria, após a Segunda Guerra Mundial, chegando a ser considerado um exemplo típico da pintura austríaca do pós-guerra. Tendo como fonte de inspiração a arte e a literatura do passado, nomeadamente a pintura quinhentista, este movimento caracterizava-se pelo interesse por temas fantásticos, tratados pictoricamente com particular realismo. Esta escola não era contudo homogénea, integrando produções de qualidade diversa e diferentes estilos.

A exposição incluiu obras de Anton Lehmden, Arik Brauer, Ernst Fuchs, Rudolf Hausner e Wolfgang Hutter, que estiveram representados em 25 pinturas a óleo e 50 trabalhos gráficos, entre gravura, serigrafia e litografia.

O evento foi organizado com a colaboração da Embaixada da Áustria em Portugal, que suportou as despesas de transporte e seguros do material exposto (Viena-Lisboa-Viena). Por sua vez, a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) assegurou os custos com o transporte, embalagem e desembalagem das obras (nas duas montagens em Portugal), e ainda as despesas dos despachos alfandegários, bem como os trabalhos inerentes à montagem, desmontagem e vigilância durante o período em que o certame esteve patente ao público.

Por proposta da Embaixada da Áustria, Rudolf Hausner deslocou-se a Lisboa, a fim de representar os artistas que figuraram na exposição.

Sommer Ribeiro e Erich Hochleitner (embaixador da Áustria) decidiram também que pelo menos uma parte da exposição (a secção gráfica) deveria ser apresentada na cidade do Porto, sob o patrocínio da FCG. Esta nova montagem veio a ter lugar no Museu Nacional de Soares dos Reis.

Depois de Lisboa e Porto, a exposição foi apresentada em Madrid.

Joana Brito, 2015