Exposição organizada em conjunto pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Embaixada da República Popular da Bulgária, com o objetivo de dar a conhecer ao público português uma seleção de ícones religiosos búlgaros. Antes de ser realizada em Lisboa, esta exposição foi apresentada no México, no Peru e na Suíça, havendo registos que indicam a intenção de a remontar no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto (Carta da Direção do Museu Nacional de Soares dos Reis para José de Azeredo Perdigão, 26 abr. 1979, Arquivos Gulbenkian, SEM 00150).

A exposição integrava cerca de 1000 ícones representativos de algumas figuras e episódios da história do cristianismo (São Teodoro, a Virgem Hodigitria, Cristo Pantocrator, São João Batista, Santa Helena, São Nicolau, Santa Paraskeva, Santa Bárbara, Santa Catarina, a Última Ceia, a Ressurreição de Lázaro, a Anunciação, entre outros) e abarcava várias épocas históricas, identificadas no circuito expositivo por «período primitivo», «séculos XIV e XV», «século XVI», «século XVII», «século XVIII» e «século XIX».

No prefácio do catálogo da exposição, Mara Tzontchéva realçava o facto de na história da arte búlgara da época medieval, o ícone ocupar «um lugar de grande importância. Isto porque, uma vez criado como objecto de culto para rituais da religião cristã, o ícone reflecte simultaneamente as orientações e as tendências artísticas próprias à evolução da arte búlgara, mas também os sentimentos, as ideias e as aspirações dos seus criadores e crentes» (1000 Anos de Ícones Búlgaros, 1979).

No dia da inauguração foi proferida uma conferência sobre «Os Mosteiros Medievais Búlgaros», acompanhada da projeção de um documentário sobre a mesma temática.

Joana Brito, 2015