Yvette Kace Centeno

1934

Escritora; Professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/NOVA); Conselho Consultivo do Serviço de Edições da Fundação Calouste Gulbenkian (1989 – 1999); Diretora do Serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian (1995 – 1999)

1 Exposição

Escritora e dramaturga, passou a sua infância entre Portugal, a Argentina e a França. Licenciou-se em Filologia Germânica na Universidade de Lisboa e doutorou-se com uma tese sobre a alquimia e o Fausto de Goethe, para cuja investigação contou com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), entre 1969 e 1972. Em 1983, tornou-se professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde era professora desde 1973 e onde fundou o Gabinete de Estudos de Simbologia, que dirigiu entre 1983 e 1996. Coordenou as áreas da Literatura Comparada, Literatura Alemã, História das Ideias e um seminário dedicado à filosofia hermética de Fernando Pessoa. Atualmente integra, na mesma instituição, o Centro de Estudos sobre o Imaginário Literário (CEIL), do qual foi cofundadora em 2007.
Desde jovem se interessou pelo teatro, tendo sido autora de várias rábulas e peças para o Cénico de Direito na Universidade de Lisboa. Foi também cofundadora do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), em 1957, e criadora da área disciplinar de Estudos Teatrais. O seu constante envolvimento com o teatro português levou a que fosse convidada para o Conselho de Teatro (1987) e nomeada diretora do I Festival Internacional de Teatro (Lisboa, 1991).
É autora de uma obra muito diversificada que abrange a poesia, a ficção, o teatro, a literatura infantil, o ensaio e a tradução. No entanto, terá sido principalmente no género do romance que adquiriu grande estatuto nacional e internacional, tendo parte da sua obra sido traduzida em França, Espanha e Alemanha. Traduziu obras de Shakespeare, Goethe, Stendhal, Brecht, Celan e Fassbinder, entre outros.
Em 1989, foi convidada para o Conselho Consultivo do Serviço de Edições da Fundação Calouste Gulbenkian (atual Plano de Edições), no qual ainda se mantém, e, em 1999, para consultora das áreas de educação e cultura. Na Fundação, foi também diretora do Serviço de Animação, Criação Artística e Educação pela Arte (ACARTE), entre 1995 e 1999, sucedendo a José Sasportes.
Ocupou alguns cargos de consultoria e comissariado em iniciativas governamentais e no âmbito da cultura, como na Comissão de Qualidade do Cinema, na Comissão Executiva da XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura, na Comissão para as Comemorações do Cinquentenário da Morte de Fernando Pessoa (em Londres), no grupo de peritos da Comissão das Comunidades Europeias para a tradução de obras literárias contemporâneas e no Conselho Cultural da Culturgest (Fundação Caixa Geral de Depósitos).
Em 1987, recebeu o grau de Chevalier da Ordre des Palmes Académiques (França) e, em 1992, a convite do presidente da República Mário Soares, integrou a sua comitiva na deslocação à Alemanha, tendo como agenda a relação com as universidades alemãs. Assinou o Livro de Honra e recebeu a Medalha da Cidade de Bona, em nome de todos os membros da comitiva. Nesse ano, a título pessoal, foi convidada para consultora da Bonner Biennale, cargo que manteve até ao ano 2000. Em 1994, foi condecorada pelo presidente da República Federal da Alemanha com a Verdienstkreuz 1. Klasse (primeira classe da medalha de mérito).


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