Discurso Dr. Azeredo Perdigão

Este vídeo integrou a exposição «50 Anos de Arte Portuguesa», patente entre junho e setembro de 2007, em comemoração do cinquentenário da Fundação Calouste Gulbenkian (1956-2006). Consiste num depoimento, captado no final da década de 1980, em que José de Azeredo Perdigão (1896-1993), na sua qualidade de presidente da Fundação Calouste Gulbenkian e executor testamentário de Calouste Sarkis Gulbenkian, explica a génese do Centro de Arte Moderna, que remonta, segundo este testemunho, ao nascimento da própria Fundação. Esta, por vontade expressa do seu instituidor, teria quatro fins: «a educação, a beneficência, a ciência e a arte».

Caberia, pois, aos executores testamentários de Gulbenkian decidir o futuro da Fundação e o modo de atuar no campo da arte. Transcreve-se a este respeito uma parte significativa do testemunho de Azeredo Perdigão: «O Museu Calouste Gulbenkian reúne só a coleção que o senhor Calouste Gulbenkian em vida tinha reunido. Ora, ele ficou-se nos impressionistas […], mas os movimentos artísticos não ficaram nos impressionistas, continuaram, evoluíram e estão hoje mesmo […] em plena evolução. Por esse motivo, aspirámos […] a ajudar os artistas portugueses, comprando-lhes obras de arte nas suas exposições – artistas vivos, portanto, artistas modernos, artistas que trabalharam no princípio deste século […]. E assim, durante estes trinta anos, a Fundação Gulbenkian adquiriu aos artistas portugueses um número muito importante de obras de arte. E essas coleções têm estado em reservas, não têm o acesso ao público. Ora, era um pouco inconcebível que nós continuássemos a querer exercer a ação no campo da arte dos nossos dias sem termos um lugar para apresentar essas mesmas obras. E foi assim que, logo no início da Fundação Gulbenkian, nós pensámos em criar um museu também de arte moderna, que seria o seguimento ou a continuação das coleções do senhor Calouste Gulbenkian. O Centro de Arte Moderna, porque é museu e é centro de animação e divulgação, integra-se dentro da ideia geral dos fins da instituição Fundação Gulbenkian, que tem entre esses fins um que se resume numa palavra: arte. Ora, arte é a antiga, é a moderna, é a de hoje, é a de amanhã.»

Edição
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007
Duração
3 min 16 s
Participante(s)
José de Azeredo Perdigão
Proveniência
Arquivos Gulbenkian (Serviço de Belas-Artes), Lisboa / CDVD 0371
Direitos
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