Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, com Ana Sousa Dias

Entrevista de Ana Sousa Dias (1956) ao arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles (1922-2020), produzida no âmbito da exposição «Do Estádio Nacional ao Jardim Gulbenkian. Francisco Caldeira Cabral e a Primeira Geração de Arquitectos Paisagistas, 1940-1970», patente na FCG em outubro de 2003, com depoimentos de engenheiros e arquitetos sobre a história da arquitetura paisagista em Portugal.

A entrevista aborda as escolhas do arquiteto em jovem, o seu gosto pelo estudo da agronomia e da arquitetura paisagista, e as aulas de paisagem com o professor Caldeira Cabral. É mencionado o seu percurso curricular, os projetos que desenvolveu e a atividade política em que esteve envolvido depois do 25 de Abril de 1974.

O arquiteto sublinha a preocupação com uma paisagem integrada na urbe, e a sua relação com o lugar do jardim, entendido como extensão da cidade. Refere os jardins da Gulbenkian, projetados em total e natural relação com o edifício, como um marco na arquitetura paisagista de Portugal. Este facto deveu-se também, de acordo com o arquiteto, à sua construção conjunta e paralela à edificação da Sede e Museu, o que contribuiu para a unidade do planeamento. «Há uma unidade em todo o edifício […], relaciona-se com o que está fora, mas fora tem de ter tanta força como o edifício.»

Alude-se à «Ilha dos Amores», de Camões, como inspiração e referência literária, pelo ideal naturalista, em oposição a um jardim formal (francês). «Nada é exuberante […]. É um jardim apropriado para as pessoas, tem que se percorrer […]. Tem um percurso, tem que se descobrir e viver. […] Há surpresas […]. O lago tem margens naturalizadas. […] Uma obra paisagística é um bilhete-postal ilustrado – tem que viver no tempo.»

Edição
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; O Som e a Fúria, 6 fev 2003
Duração
1 h 20 min 42 s
Jornalista / Apresentador
Ana Sousa Dias
Participante(s)
Gonçalo Ribeiro Telles
Proveniência
Arquivos Gulbenkian (Serviço de Belas-Artes), Lisboa / CDVD 0252
Direitos
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