No espaço da exposição, Júlio Pomar e José Luís Porfírio conversam sobre António Dacosta. O registo de vídeo inicia-se com Pomar a mostrar-se reticente em utilizar a palavra «trabalho», sobre a qual Dacosta também teria reservas, e Porfírio prossegue falando de outras «noções» importantes para o pintor, como a «preguiça», a «capacidade de se pasmar» e de «dar tempo às coisas». Para Porfírio, Dacosta respondia à noção controversa de «trabalho» com tempo de contemplação e ócio criativo.

Júlio Pomar fala sobre o sacrifício de animais, sobre a emotividade e a «ambiguidade lata» de Dacosta e sobre inúmeras histórias de vida e do mundo português da arte. O depoimento final é longo. Entre os presentes, encontram-se o artista Pedro Morais, Miriam Dacosta (a viúva do artista), Ana Viegas (Galeria Ratton), Fernando Rosa Dias (historiador de arte), etc.