Leonor Nazaré, a curadora da exposição, começa por apresentar o artista e evocar o seu percurso artístico, fazendo referência a alguns momentos que o notabilizaram. Explica também o contexto em que surge a série de imagens da exposição: um projeto realizado na ESA (European Space Agency), que abriu as portas, pela primeira vez, a um artista. Edgar Martins conversa com o público sobre essa condição dúbia de «intruso convidado» num universo tecnológico estranho, mas em que foi, genericamente, bem recebido.

À semelhança de outros trabalhos que o artista anteriormente desenvolvera (como o que envolveu as barragens hidroelétricas da EDP e vários outros), este projeto está ligado ao seu interesse em questões da física, da cosmologia e da astronomia. Por outro lado, o artista refere a sua preocupação em suplantar a função documental da fotografia e a importância que sempre deu a matérias relacionadas com a exploração dos limites e das volubilidades. Alude ainda a outros interesses, como a temática espacial e a ficção científica, que se prendem com aquilo que designou como «a nossa relação com a tecnologia».

A visita guiada é conduzida pelo artista ao longo do espaço expositivo, sendo explicada cada série e imagem.