Performance de Alberto Pimenta, intitulada «Tudo Nada», realizada no âmbito da exposição «Sob o Signo de Amadeo. Um Século de Arte».
O filme documenta a montagem e instalação do cenário da performance pelo próprio artista no Hall do CAM. Vários objetos são espalhados sobre a mesa; a performance é sem palavras durante os primeiros 12 minutos. Alberto Pimenta manuseia uma mão de madeira e outros objetos; escreve, atira uma moeda ao ar, põe coisas em sacos, atira outras para o lixo, fixa papéis num quadro de cortiça – post-its onde se lê «Tudo estranho/Tudo normal» e «Nada estranho/Nada normal».
O artista sai e regressa. Destapa o lençol com que deixou a mesa coberta e agora fala: de correção de excessos, de bonecos que simbolizam pessoas comuns, premiadas pela sociedade com bens de consumo comuns. A crítica e a ironia passam por temas como o turismo, a habitação, a religião, as profissões, as máscaras, as histórias de exclusão, os graffiti, os animais e o imaginário global de uma vida pseudo-feliz.
No final, o artista parte alguns objetos com um martelinho, que o ajuda a desferir os gestos de um impulso irreverente.