A pintura O Cálice, de 1986, foi apresentada na exposição retrospetiva de António Dacosta em 1988, na Fundação Calouste Gulbenkian e na Casa de Serralves. De acordo com o catálogo da exposição, esta obra pertencia na altura à Galeria 111. Posteriormente, integrou a coleção do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, encontrando-se em depósito na Fundação de Serralves – Museu de Arte Contemporânea.

A preocupação de António Dacosta com questões relacionadas com «a efemeridade da vida e a passagem do tempo», presente na sua última fase de produção, transparece nesta obra «onde se denota uma pintura cada vez mais etérea, podendo apenas entrever-se uma figura fantasmagórica e um pequeno cálice no lado superior direito, quiçá símbolo de uma demanda por um tempo e lugar absolutos e imutáveis, de plenitude» (Saraiva, 2010, p. 60).