- Bibliografia
- Passiva
- Periódico
António Dacosta. À procura de um tempo mítico
- Autor(es)
- ROCHA, Michele
- Periódico
- ArteTeoria
- N.º periódico
- 6
- Local
- Lisboa
- Data
- 2005
- Página(s)
- 135-151
- Notas
- Revista do mestrado em Teoria da Arte da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
Antologia Crítica
«A ambiência nocturna que envolve todo este cenário, sugere uma inversão dos valores negativos associados à morte e ao sepulcro. A noite reveste os valores tenebrosos com um manto de intimidade, “introduz uma doce necrofilia que trás consigo uma valorização positiva do luto e do túmulo”. Todo o ambiente está mergulhado na tranquilidade do repouso. […]
Rocha, Michele, António Dacosta. À procura de um tempo mítico. ArteTeoria, n.º 6, Lisboa, 2005, pp. 135-151
«A evocação do espaço ideal da infância reflecte o desejo de regresso a um estado de inocência. Esta visão ingénua e encantada, que se traduz na evocação dos rituais das festas religiosas e na recuperação dos valores expressivos da arte popular, aproxima-se, de certa forma, da atitude ingenuísta presente nos quadros de Sarah Afonso. […] […]
Rocha, Michele, António Dacosta. À procura de um tempo mítico. ArteTeoria, n.º 6, Lisboa, 2005, pp. 135-151
«A fonte que jorra água no meio do jardim, recorrente nestes trabalhos, recupera a imagem do paraíso perdido, o jardim do Éden a que o autor procura continuamente retornar. A fonte de água corrente simboliza a fonte do perpétuo rejuvenescimento, uma forma de ultrapassar os limites da condição temporal. A água é o símbolo de […]
Rocha, Michele, António Dacosta. À procura de um tempo mítico. ArteTeoria, n.º 6, Lisboa, 2005, pp. 135-151
«A mãe envolve totalmente nos seus braços o filho, que se alimenta no seu seio. A estrutura arquitectónica à direita delimita o espaço, reforçando este clima intimista. Nesta relação, a primeira no tempo, a ligação entre mãe e filho é total, ambos fazem parte do corpo uno. […] O quadro evoca essa imagem perdida, a […]
Rocha, Michele, António Dacosta. À procura de um tempo mítico. ArteTeoria, n.º 6, Lisboa, 2005, pp. 135-151
«Em Serenata Açoriana a abertura do espaço à ilusão de profundidade confere ao quadro uma dimensão temporal. A sucessão hierárquica dos vários elementos cria um percurso espacial mas também temporal, que tem início na figura andrógina e se prolonga até ao plano do fundo. O conjunto de elementos representados na parte superior da composição – […]
Rocha, Michele, António Dacosta. À procura de um tempo mítico. ArteTeoria, n.º 6, Lisboa, 2005, pp. 135-151
«No quadro coexistem dois espaços distintos: um interior, mais próximo do observador e outro exterior, que corresponde ao plano de fundo. A separação é indicada por uma estrutura, em tons de terra, apresentada de forma fragmentada e que sugere a entrada de uma caverna. Um pequeno elemento no canto superior direito funciona como indicador. Este […]
Rocha, Michele, António Dacosta. À procura de um tempo mítico. ArteTeoria, n.º 6, Lisboa, 2005, pp. 135-151
«Quadros como Três estrelas brancas de 1983, evocam a relação do homem com o cosmos através da mulher. A ligação cromática da figura feminina com as estrelas sugere esta relação prioritária da mulher à alma do mundo, às forças primordiais que deram origem ao universo […]. A presença da caveira evoca a circularidade da nossa […]
Rocha, Michele, António Dacosta. À procura de um tempo mítico. ArteTeoria, n.º 6, Lisboa, 2005, pp. 135-151