«- Triângulos, chamados justamente “Memórias”, pois são variações sobre o obelisco existente em Angra do Heroísmo, cidade da infância do pintor e que constituem a única série aparentemente abstracta da exposição;

– Ilha, ou ilhas, pedra flutuante num espaço, recorte, colagem, mancha, memória deliberada? Não parece! Antes acontecimento, re/conhecimento, primeiro da mão e depois do gesto e do espírito do pintor que se foi organizando em série. […]

– Mitologias discretamente presentes os deuses e os monstros, amáveis talvez e brincalhões, como de seu nome, “Bicho Bichial”, um deles, misto de peixe e cobra, vai indicando, mostrando-nos também o que deve ser todo um processo de trabalho, ou melhor, de achamento de formas, de situações, memórias de forças.»

(PORFÍRIO, 1983, p. 35R)