Variações sobre um tema rococó de Tchaikovsky

Orquestra Gulbenkian / Joana Carneiro / Varoujan Bartikian

Orquestra Gulbenkian
Joana Carneiro
Maestrina
Varoujan Bartikian Violoncelo

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 – 1893)
Variações sobre um tema rococó, para violoncelo e orquestra, op. 33
Thema: Moderato assai quasi andante
– Var. I: Tempo della Thema
– Var. II: Tempo della Thema
– Var. III: Andante sostenuto
– Var. IV: Andante grazioso
– Var. V: Allegro moderato
– Var. VI. Andante
– Var. VII e Coda: Allegro vivo

Composição: 1876-1877
Estreia: Moscovo, 18 de novembro de 1877
Duração: c. 18 min.

As Variações sobre um tema rococó, op. 33, foram compostas entre 1876 e 1877. A obra seria estreada em Moscovo por Wilhelm Fitzenhagen, o dedicatário que, na ausência do compositor, alterou substancialmente a obra, introduzindo inúmeras modificações na parte do solista: eliminou uma variação e subverteu a ordem das restantes e do posicionamento das cadências, para que a obra se tornasse supostamente mais apropriada para a exibição solística. Foi nesta versão adulterada, e não autorizada pelo compositor, que as Variações foram publicadas em 1878 e que têm sido interpretadas desde então. Trata-se de uma obra estilisticamente inspirada em Mozart, constituindo uma demonstração do quanto o compositor russo o idolatrava. Composta para uma orquestra de efetivo reduzido, à maneira do século XVIII, esta é uma obra de uma elegância nova na música de Tchaikovsky, consistindo numa série de variações sobre um tema criado pelo compositor ao estilo rococó.

A obra inicia-se com uma breve introdução em Lá maior, após o que o violoncelo apresenta um tema simples e de grande elegância. A 1.ª variação consiste numa figuração viva e graciosa em tercinas, enquanto a orquestra reafirma o tema principal. Já a variação seguinte enceta um diálogo entre o solista e a orquestra. Na 3.ª variação a tonalidade é alterada para Dó maior, sendo o tema mergulhado num ambiente mais contemplativo. A 4.ª variação regressa a Lá maior e o tema adquire grande vivacidade e agilidade. Os trilos que encerram essa variação mantêm-se no início da seguinte, até que a orquestra se impõe de forma galante. Depois de uma breve cadência do solista, a orquestra volta a prevalecer, dando lugar a uma cadência de maior dificuldade. A 6.ª variação recupera o tema, agora num ambiente melancólico e em Ré menor. Após uma curta pausa tem início a 7.ª variação, tecnicamente bastante exigente para o solista e que conduz a uma coda que encerra a obra com brilhantismo.

Luís Miguel Santos

Atualização em 23 fevereiro 2021

Definição de Cookies

Definição de Cookies

Este website usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação, a segurança e o desempenho do website. Podendo também utilizar cookies para partilha de informação em redes sociais e para apresentar mensagens e anúncios publicitários, à medida dos seus interesses, tanto na nossa página como noutras.