Piotr Anderszewski
Piotr Anderszewski é um pianista com raízes ímpares. O meu passado é uma mistura em todos os sentidos. A minha família de Varsóvia era monárquica e antiquada, mas do lado da minha avó [húngara] eram todos judeus intelectuais e comunistas convictos, afirmou Piotr Anderszewski em entrevista ao The Telegraph.
Filho de pai polaco e mãe húngara, o pianista viveu na Polónia, em França, na Hungria, e nos E.U.A., tendo frequentado estabelecimentos de ensino de música em vários países e sendo conhecido como um viajante. Lisboa é hoje a cidade onde considera ser a sua verdadeira casa, por reunir os condimentos essenciais para se sentir inspirado: a luz, a arquitetura e a gastronomia.
Aos 21 anos, surpreendeu o público ao interromper a sua prestação no Concurso de Piano de Leeds em 1990, quando estava a debater as semi-finais, por não estar satisfeito com a sua performance, reação não premeditada, segundo o pianista, mas que na verdade ficou mais gravada na memória do público do que o nome do vencedor do concurso. Meses depois estreou-se em concerto, em Londres.
Desde então, Piotr Anderszewski foi premiado com os mais prestigiados galardões, como o Prémio Gilmore, entregue de 4 em 4 anos a um pianista de talento excecional, que recebeu em 2002, para além dos prémios atribuídos a álbuns seus, nomeadamente pelo álbum Variações Diabelli de Beethoven, galardoado com um Choc du Monde de la Musique e com um ECHO Klassik. Destaca-se ainda por ter sido a figura central de dois documentários do premiado realizador Bruno Monsaingeon, Piotr Anderszewski plays the Diabelli Variations (2001) e Piotr Anderszewski, Unquiet Traveller (2008).
Piotr Anderszewski interpreta neste concerto as Partita n.º 6, em Mi menor, BWV 830 e N.º 1, em Si bemol maior, BWV 825 de Johann Sebastian Bach, Papillons, op. 2 de Robert Schumann e Sobre um caminho verdejante (vol. II), de Leos Janacek.