Morte e Transfiguração

26 abr 2017

Nenhum compositor conseguiu expressar de forma tão eloquente a mensagem íntima do texto dramático através da paleta sonora da orquestra como Richard Wagner. No presente concerto, a Orquestra Gulbenkian, dirigida pela premiada maestrina Susanna Mälkki, interpretará o Prelúdio do 3º ato e o Encamento de Sexta-Feira Santa, da ópera Parsifal, uma das mais importantes obras do compositor alemão. Sempre sensível às demandas do subconsciente e aos sentimentos latentes dos personagens, Wagner criou um projeto artístico verdadeiramente inovador, uma obra de arte total, que progride com identidade própria, em busca dos lugares últimos da experiência humana.

Neste contexto, a luta constante do ser humano contra a morte, assim como as sugestões celestes de redenção e transfiguração, foram igualmente exploradas por Richard Strauss no seu magistral poema sinfónico Morte e Transfiguração, sobre o qual o próprio escreveu que “se trata de um produto da minha imaginação, e não o produto de uma experiência já vivida”. Construída sobre um poema de Alexander von Ritter, esta é uma das mais celebradas obras orquestrais de Strauss, que explora as várias fases e múltiplos desafios da vida de um artista.

Num concerto repleto de música que apela à transcendência, o Coro Gulbenkian será igualmente protagonista na estreia em Portugal da obra Messages, de Jonathan Harvey. Assente num texto formado inteiramente por nomes de anjos das tradições judaica e persa, a obra é, nas palavras do compositor britânico, um continuum de mensagens espirituais dirigidas à humanidade.

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