
Sónia Grané
Sónia Grané atuou pela primeira vez no Teatro alla Scala de Milão na estreia mundial (2017) da ópera Ti vedo, ti sento, mi perdo, de Salvatore Sciarrino, sob a direção de Maxime Pascal e com encenação de Jürgen Flimm. Apresentou-se duas vezes no Festival de Verão de Bregenz – em 2015 como Despina (Così fan tutte) e em 2017 como Frasquita (Carmen). No final de 2017 concretizou mais uma estreia, desta vez como Rainha da Noite (A flauta mágica) na Staatsoper Unter den Linden, em Berlim.
Entre 2015 e 2017, após dois anos no Estúdio Internacional de Ópera de Berlim, fez parte do Ensemble de Solistas da Staatsoper de Berlim, tendo interpretado vários papéis, incluindo: Papagena (A flauta mágica), Masha (Moscovo, Cheryomushki de Chostakovitch), Ännchen (Der Freischutz), Barbarina (As bodas de Figaro), Flora (The Turn of The Screw) e Blonde (O rapto do serralho).
Ao longo da sua carreira internacional, tem tido o privilégio de trabalhar com maestros de renome como Daniel Barenboim, Pablo Heras-Casado, Gustavo Dudamel, Christopher Moulds, Trevor Pinnock, Lawrence Cummings ou Simone Young, e encenadores como Claus Guth, Dimitri Tcherniakov, Michael Talheimer, Hans Neuenfels ou Kasper Holten.
Para além da ópera, Sónia Grané apresenta-se também em recital e como solista de concerto, tendo interpretado grandes obras como o Requiem de Brahms, a Oratória de Natal, a Paixão segundo São João e diversas Cantatas de J. S. Bach. O seu repertório estende-se do Barroco até à música contemporânea. Tem trabalhado regularmente com o compositor David Robert Coleman, nomeadamente na estreia da ópera Hans um Glück e num ciclo para canto e orquestra. Esta última estreia teve lugar na Filharmonia Szczecin, na Polónia. Apresentou-se também em salas como Wigmore Hall, King’s Place, St. John’s Smith Square e Purcell Room.
Sónia Grané iniciou a sua formação musical na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, com Manuela de Sá e José Manuel Brandão. Simultaneamente, licenciou-se em Biologia na Universidade de Lisboa. Em 2009 mudou-se para Londres para estudar com Lillian Watson e Jonathan Papp na Royal Academy of Music. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (2009–2013) e da Liz Mohn Musikstiftung durante o seu tempo no estúdio de ópera da Staatsoper de Berlim.