Pia Freund é uma artista internacional que se tornou conhecida não só pela sua musicalidade particularmente cativante, mas também pela maneira sempre renovada como interage com as várias disciplinas artísticas. estudou canto na Academia Sibelius e particularmente com Dorothy Irving, na Suécia. Desde a sua estreia como Mimì, em La bohème de Puccini, tem sido uma convidada regular da Ópera Nacional Finlandesa. Subsequentemente, interpretou Anna, em As Alegres Comadres de Windsor de Carl Otto Nicolai, e Kyllikki, em Äidit ja tyttäret (“Mães e Filhas”) de Tapio Tuomela. Foram muito aplaudidas as suas interpretações de Clémence, em L’amour de loin (2004 e 2006), e de Refka, em Adriana Mater (2008), duas óperas de Kaija Saariaho.

O seu vasto repertório inclui ainda papéis como Micaëla, em Carmen de Bizet, Pamina, em A Flauta Mágica de Mozart, Belinda, em Dido e Eneias de Purcell, ou Minna, em Tietäjien lahja (“O Presente dos Magos”) de Einojuhani Rautavaara.

“Para mim, a curiosidade é uma força de sustentação da vida”; essa curiosidade levou Pia Freund a cooperar ativamente, com maestros, compositores, encenadores (Peter Sellars), bailarinos (Minna Tervamäki, Satu Rekola), poetas (Maritza Nunez, Chrys Salt), músicos de câmara, pianistas (Anna Laakso, Kristian Attila, Adolf Pla) e atores (Seela Sella, Kati Outinen). É uma intérprete igualmente marcante nos palcos de ópera, em concerto, em contexto de música de câmara e em recitais. Além disso, colabora em produções que combinam as possibilidades do teatro, da dança, das artes visuais, da poesia e da música, procurando em cada espetáculo o diálogo perfeito entre as várias expressões artísticas e entre estas e o público.

O repertório de concerto de Pia Freund estende-se do Barroco até á música contemporânea. É particularmente conhecida pelas suas interpretações da música vocal de K. Saariaho; em 2006 estreou a oratória La passion de Simone, no Festival de Viena. Trabalhou como muitos maestros de renome internacional como Esa-Pekka Salonen, Jukka-Pekka Saraste, Peter Schreier, Osmo Vänskä, Herbert Blomstedt, Harry Christophers, Hans Graf, Susanna Mälkki ou Ralf Gothóni. Para além das principais orquestras finlandesas, apresentou-se com a Royal Philharmonic Orchestra, a Orquestra de Câmara Escocesa, a Orquestra do Gewandhaus de Leipzig, o Drottningholm Baroque Ensemble ou a Orchestre National d’Île de France, entre muitas outras.

Na década de 1990, Pia Freund venceu os concursos de canto de Lappeenranta e Kangasniemi e o Concurso de Canto Timo Mustakallio. Recebeu o Prémio de Cultura da Cidade de Hämeenlinna e o Prémio da Sociedade Sibelius.