Pedro Teixeira
Maestro
Pedro Teixeira nasceu em Lisboa. É Mestre em Direção Coral pela Escola Superior de Música. Ganhou muita da sua experiência como maestro do Grupo Coral de Queluz (2000-2012), do Coro Polifónico Eborae Musica (1997-2013) e como maestro titular do coro profissional Coro de la Comunidad de Madrid (2012 a 2018) onde, para além de preparar obras sinfónicas, desenvolveu um trabalho de refinamento do som do coro através de um labor regular de fusão e afinação – no qual o trabalho a cappella é fundamental – e da programação de concertos na Sala de Câmara do Auditorio Nacional de Musica (Madrid).
Pedro Teixeira é conhecido no mundo coral pelas suas atuações perspicazes e sensíveis. Especializou-se em construir e manter o som nuclear, a pureza de emissão vocal e a musicalidade dos coros com os quais trabalha. O seu interesse pela música antiga levou-o a formar, em 2001, o Officium Ensemble, um grupo profissional dedicado à investigação e interpretação da polifonia portuguesa dos sécs. XVI e XVII. Desde esse ano, tem-se apresentado amplamente com o Officium Ensemble, ganhando prémios a nível internacional e ndointegra a programação de alguns dos mais reconhecidos festivais de música antiga da Europa, nomeadamente Laus Polyphniae (Antuérpia) e Oude Muziek (Utrecht), para os quais é convidado recorrentemente desde 2011.
Para além do seu interesse pela música antiga, dedica-se à música contemporânea como maestro do Coro Ricercare (Lisboa). Desde 2001, dirigiu várias primeiras audições absolutas por temporada. De 2011 a 2014, foi frequentemente convidado pela Fundação Gulbenkian para preparar programas do Coro Gulbenkian. Neste contexto, destacam-se a Missa em Si menor de J. S. Bach, Falstaff de Verdi, Solomon de Händel e Seven Last Words from the Cross de James MacMillan. É professor na Escola Superior de Música de Lisboa e na Escola Superior de Educação de Lisboa.
Como cantor, atuou por toda a Europa, nos E.U.A., na América do Sul, em África e no Reino Unido, com grupos como o Coro Gulbenkian, A Cappella Portuguesa (Owen Rees) e o Coro Gregoriano de Lisboa, no qual é também solista.
Desde 1997, Pedro Teixeira é diretor artístico das Jornadas Internacionais da Escola de Música da Sé de Évora (Eborae Musica) e orienta vários cursos de verão, como o Victoria 400 (em Barcelona, com Peter Phillips, Ivan Moody e Jordi Abelló) e o Curso Internacional de Música Medieval e Renascentista de Morella, onde dirige o atelier de coro e ensemble vocal. É regularmente convidado a integrar júris de concursos e de festivais de coros, nomeadamente do Festival Coral de Verão de Lisboa, do Gran Premio de Canto Coral (Espanha), do Winter Choral Festival (Hong-Kong), e do Singapore International Choral Festival. Preparou coros profissionais em colaboração com maestros como John Nelson, Joana Carneiro, Víctor Pablo Perez, Riccardo Muti, Paul McCreesh, Lorenzo Viotti e Laurence Foster.
Destaques recentes incluem A Criação de J. Haydn e o War Requiem de Britten no Auditorio Nacional de Musica (Madrid), Falstaff de Verdi na Fundação Gulbenkian e o Requiem de Verdi no Teatro Real de Madrid. Em 2018 dirigiu o Coro Gulbenkian no Grande Auditório Gulbenkian, no Festival de Música Antiga de Úbeda y Baeza e na Fundación Juan March (Madrid). Em agosto de 2018 voltou com o Officium Ensemble aos festivais de música antiga de Utrecht (Oude Muziek) e Antuérpia (Laus Polyphoniae). Em 2019, com o Coro Ricercare, voltou ao Festival Internacional de Música de Marvão, onde é maestro titular do Marvão Festival Chorus.