Mário Laginha

Piano

Ao longo de mais de três décadas de carreira, Mário Laginha foi sendo habitualmente conotado com o domínio do jazz. No entanto, se é verdade que os primórdios do seu percurso têm um cunho predominantemente jazzístico – foi um dos fundadores do Sexteto de Jazz de Lisboa (1984), criou o Decateto Mário Laginha (1987) e lidera ainda hoje um trio com o seu nome –, o universo musical que construiu, nomeadamente com a cantora Maria João, é também um tributo às músicas que sempre o tocaram, começando pelo jazz, mas passando pelas sonoridades brasileiras, indianas e africanas, pela pop e pelo rock, sem esquecer as bases clássicas que presidiram à sua formação académica.

Mário Laginha tem articulado uma forte personalidade musical com uma grande vontade de partilhar a sua arte com outros músicos e criadores. No final da década de oitenta estabeleceu uma parceria regular com o pianista Pedro Burmester. Esta dupla seria alargada a Bernardo Sassetti em 2007 no projeto 3Pianos. Até ao seu inesperado desaparecimento, Sassetti foi também um parceiro e cúmplice de Laginha em muitos concertos.

Com uma sólida formação clássica, Mário Laginha tem escrito para formações tão diversas como a Big Band da Rádio de Hamburgo, a Big Band de Frankfurt, a Orquestra Filarmónica de Hanôver, a Orquestra Metropolitana de Lisboa o Remix Ensemble, o Drumming Grupo de Percussão, ou a Orquestra Sinfónica do Porto. No palco ou em estúdio, tocou com músicos como Wolfgang Muthspiel, Trilok Gurtu, Gilberto Gil, Lenine, Armando Marçal, Ralph Towner, Manu Katché, Dino Saluzzi, Kai Eckhardt, Julian Argüelles, Steve Argüelles, Howard Johnson, ou Django Bates, entre outros. Além disso, Laginha compõe também para cinema e teatro.

Com o trio partilhado com Bernardo Moreira e Alexandre Frazão, gravou, em 2012, o CD Mongrel, um trabalho que partiu de temas originais de Chopin, transformados pela linguagem pessoal de Laginha. No mesmo ano, foi lançado o CD Iridescente, com Maria João. No final de 2013, Mário Laginha e o seu Novo Trio, com o guitarrista Miguel Amaral e o contrabaixista Bernardo Moreira lançaram Terra Seca, um disco que desbrava novos caminhos para o jazz e para a música portuguesa.

 

Dezembro 2017

Atualização em 09 janeiro 2018

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