Howard Shore
Compositor
Para além do âmbito cinematográfico, a música do compositor canadiano Howard Shore é tocada regularmente em prestigiados palcos de concerto a nível mundial. As suas interpretações musicais dos mundos fantásticos de O Senhor do Anéis e de O Hobbit, de J.R.R. Tolkien – cujas bandas sonoras compôs para os filmes realizados por Peter Jackson – têm cativado o público há quase duas décadas. Um reconhecimento corroborado pela atribuição de três Oscars, quatro Grammys e dois Globos de Ouro, entre muitos outros prémios. Em França foi distinguido com o título de Officier de l’ordre des Arts et des Lettres e, no Canadá, recebeu o Governor General’s Performing Arts Award. O National Board of Review of Motion Pictures atribuiu-lhe um prémio de carreira e a cidade de Viena o Prémio Max Steiner.
Howard Shore nasceu em Toronto, cidade onde iniciou a sua formação musical aos oito anos de idade. Estudou posteriormente no Berklee College of Music, em Boston, nos Estados Unidos da América. Ainda no início da sua carreira, foi um dos criadores do programa de televisão Saturday Night Live, tendo sido o diretor musical da Saturday Night Live Band entre 1975 e 1980. Em simultâneo, iniciou uma frutuosa colaboração com o realizador David Cronenberg, tendo composto as bandas sonoras para quinze filmes, incluindo The Fly, Crash e Naked Lunch. Recebeu o Canadian Screen Award pela banda sonora de Maps to the Stars e também pela banda sonora e canções de Cosmopolis. As suas composições originais para A Dangerous Method, Eastern Promises e Dead Ringers foram todas distinguidas com o Genie Award. Outras colaborações no domínio do cinema incluem: Hugo, The Departed, The Aviator e Gangs of New York, de Martin Scorsese; Ed Wood de Tim Burton; Se7en de David Fincher; The Silence of the Lambs e Philadelphia, de Jonathan Demme, entre muitos outros filmes.
Para além do domínio do cinema, Howard Shore compôs para Lang Lang o concerto para piano Ruin and Memory (2010) e para a meio-soprano Jennifer Johnson Cano o ciclo de canções A Palace Upon the Ruins (2014). Destacam-se ainda o concerto para violoncelo Mythic Gardens (2012) e a peça Fanfare (2008) para o Órgão Wanamaker, em Filadélfia. A sua ópera The Fly (2008) foi estreada no Théâtre du Châtelet, em Paris, tendo entretanto sido também apresentada em Los Angeles e no Theatre Trier, na Alemanha.
Dezembro 2016