Andreas Ottensamer nasceu em Viena em 1989 e é um dos principais clarinetistas da sua geração. Descende de uma família de músicos austro-húngara que incentivou o seu talento musical desde muito cedo. Iniciou-se no piano aos quatro anos de idade e aos dez começou a estudar violoncelo na Universität für Musik und darstellende Kunst Wien, tendo mudado para o clarinete em 2003. Em 2009 interrompeu os seus estudos em Harvard para ingressar na Academia de Orquestra da Filarmónica de Berlim.

Andreas Ottensamer apresenta-se como solista nas principais salas de concertos em todo o mundo, tendo colaborado com orquestras como a Filarmónica de Viena, a Filarmónica de Roterdão, a Kammerphilharmonie Bremen, a Sinfónica Metropolitana de Tóquio, a Filarmónica de Seul, a Filarmónica de Istambul, a Filarmónica de Londres ou a Sinfónica de Adelaide. Colaborou com grandes maestros como Mariss Jansons, Simon Rattle, Andris Nelsons, Yannick Nézet-Séguin, Alan Gilbert e Lorenzo Viotti. Na temporada 2017/18, foi “Artista em Residência” na Sinfónica de Bournemouth e na Kammerakademie Potsdam, e ainda “Menuhin Heritage Artist” no Festival Menuhin de Gstaad. Em 2019 estreou-se no Carnegie Hall de Nova Iorque e em janeiro de 2020 interpretou o Concerto para Clarinete de Mozart na Semana Mozart de Salzburgo.

No domínio da música de câmara, as parcerias artísticas de Ottensamer incluem colaborações com Yuja Wang, Seong-Jin Cho, Lisa Batiashvili, Patricia Kopatchinskaja, Philippe Jaroussky, Gautier Capuçon e Sol Gabetta. Em 2005 fundou o trio de clarinetes “The Clarinotts”, com o seu pai Ernst e o seu irmão Daniel. É diretor artístico do Bürgenstock Festival, na Suíça.

Em fevereiro de 2013, Andreas Ottensamer começou a gravar para a Deutsche Grammophon, tornando-se então no primeiro clarinetista solista a assinar um contrato de exclusividade com esta editora. Para o álbum Blue Hour, que inclui obras de Weber, Mendelssohn e Brahms, colaborou com o maestro Mariss Jansons e a Filarmónica de Berlim, tendo recebido o seu segundo prémio Opus Klassik como “Instrumentista do Ano”. Gravou o Trio op. 114 de Brahms, com a pianista Yuja Wang e o violoncelista Gautier Capuçon, álbum lançado em setembro de 2022. Desde março de 2011, é clarinetista principal da Orquestra Filarmónica de Berlim.

Desde a temporada 2020/21, Ottensamer tem-se apresentado também regularmente como maestro. Em 2021 recebeu o Prémio Neeme Järvi da Academia do Festival de Gstaad. Estuda direção com Nicolas Pasquet, em Weimar.