Sonia Wieder-Atherton
D’Est en Musique
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Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Grande Auditório Fundação Calouste GulbenkianPreço
25% – Menores de 30
10% – Maiores de 65
Cartão Gulbenkian:
50% – Menores de 30
15% – Maiores de 65
- Violoncelo
- Piano
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Sonia Wieder-Atherton
Violoncelo
Sonia Wieder-Atherton procura na música uma linguagem que fale para o mundo. A sua busca levou-a numa viagem através repertórios diversos, de descoberta em descoberta. Explorando constantemente caminhos musicais entrecruzados, move fronteiras e desvenda o conhecimento recebido com grande significado.
À DESCOBERTA DE UMA VOZ
Nasceu em São Francisco, filha de mãe romena e de pai americano, mas cresceu em Nova Iorque e em Paris. Cedo ingressou no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, onde estudou com Maurice Gendron. Aos 19 anos atravessou a Cortina de Ferro para ir viver em Moscovo, onde estudou no Conservatório Tchaikovsky com Natalia Shakhovskaya. Esses anos proporcionaram-lhe uma formação de primeiro nível e deixaram-lhe uma relação especial e duradoura com o tempo e a história. De regresso a França, aos 25 anos, venceu o Concurso Rostropovich.
LEVAR A MÚSICA DE HOJE PARA O PALCO
Os espetáculos de Sonia Wieder-Atherton desenvolveram um relação próxima com muitos compositores contemporâneos como Betsy Jolas, Pascal Dusapin, Georges Aperghis, Francesco Filidei, Wolfgang Rihm, Bernard Foccroule e Edith Canat de Chizy. Como solista, tocou sob a direção de muitos maestros de renome e orquestras como a Orquestra de Paris, a Orquestra Nacional Francesa, a Orquestra Nacional Belga, a Filarmónica de Liège, a Filarmónica de Israel, a Orquestra Gulbenkian, a Filarmónica do Luxemburgo, a NDR Radiophilharmonie (Hanôver), o REMIX Ensemble e os ensembles Les Siècles ou Asko|Schönberg. Interpreta regularmente música de câmara com artistas como Imogen Cooper, Elisabeth Leonskaja, Raphaël Oleg, Alexander Paley e Bruno Fontaine, entre outros.
UM MUNDO MUSICAL
Chants Juifs, um ciclo para violoncelo e piano inspirado na arte de Hazzan; Chants D’Est, para violoncelo e grupo instrumental, alinhamento concebido como uma jornada desde a Rússia até à Europa Central; Vita, para violoncelo solo e três violoncelos, onde conta a história de Angioletta-Angel através de dois génios intemporais, Monteverdi e Scelsi. Odyssée pour violoncelle et choeur imaginaire, onde uma mulher, sozinha com o seu violoncelo, acompanhada por uma banda sonora, enfrenta os elementos: vento, ondas, caos, tempestades. Cadenza, ou os sonhos de Luigi Boccherini; Little Girl Blue, uma carta a Nina Simone.
CRIAR PARA O PALCO
Os mundos musicais de Sonia Wieder-Atherton usam muitos materiais e vozes. Tem sido a impulsionadora de muitos projetos que desenha e encena: D’Est en Musique, uma espetáculo imaginado a partir das imagens do filme D’Est, de Chantal Akerman; Danses Nocturnes, com Charlotte Rampling, cruzando obras de Benjamin Britten e Sylvia Plath; Shakespeare Bach, com Charlotte Rampling, em torno de sonetos de Shakespeare e ainda Bach e Monteverdi; Navire Night de Marguerite Duras, com Fanny Ardant; Exil, uma criação para violoncelo, piano e oito vozes. Trabalhou também com a bailarina Shantala Shivalingappa, o poeta André Markowicz, e o cantor pop francês Jacques Higelin.
Em 2020 firmou uma parceria com a editora Alpha Classics. Em 2011 recebeu o Prémio da Artes da Fundação Bernheim. Em 2015 foi condecorada Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres. Em 2018 tocou na homenagem solene a Simone Veil no Panteão de Paris.
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Sarah Rothenberg
Piano
Sarah Rothenberg é pianista de concerto, escritora e criadora de projetos interdisciplinares. É reconhecida como uma pianista de “poder e introspeção” (The New York Times) e “uma prolífica e criativa pensadora” (Wall Street Journal). Como Diretora Artística da organização DACAMERA, destaca-se a encomenda e estreia mundial, em 2022, de Monochromatic Light (Afterlife), de Tyshawn Sorey, na Rothko Chapel, considerada pelo New York Times e pelo New Yorker como “uma das dez principais interpretações do ano”.
Sarah Rothenberg idealiza, dirige e interpreta as suas produções originais: A Proust Sonata (2018); Vienna 1900: In the Garden of Dreams (2019); The Blue Rider in Performance, bem como o projeto plurianual Music and the Literary Imagination, apresentado no ciclo Great Performers at Lincoln Center. As suas colaborações incluem os encenadores Peter Sellars e Martha Clarke, os escritores John Ashbery, Adam Zagajewski e Cees Nooteboom e a designer de luz Jennifer Tipton. Atuações internacionais incluem palcos como Lincoln Center, 92nd St Y, Park Avenue Armory, Baryshnikov Arts Center, Kennedy Center (Washington D.C.), Ojai Music Festival (Califórnia), Barbican Centre (Londres), Palais des Beaux-Arts (Bruxelas), Concertgebouw de Amesterdão e Festival de Ravenna (Itália).
Sarah Rothenberg tem diversos artigos publicados, nomeadamente Cy Twombly: Treatise on the Veil 1970 (The Menil Collection / Yale University Press), The Crisis of Criticism (Maurice Berger, ed. / New Press), Rackstraw Downes Onsite Paintings (Klaus Ottmann, ed.), e ainda publicações nos periódicos Brick, Conjunctions, TriQuarterly, PN Review (Reino Unido), Nexus (Países Baixos), Threepenny Review, The Musical Quarterly, Perspectives in New Music. As suas gravações incluem obras de Brahms, Schönberg, Fanny Mendelssohn, N. Roslavetz, A. Mosolov, Messiaen, Satie e M. Feldman, o álbum conceptual “Rothko Chapel” (ECM) e a estreia de For My Father, de Vijay Iyer, obra composta para ela.
Sarah Rothenberg nasceu em Nova Iorque, estudou no Instituto de Música Curtis, em Filadélfia, bem como em Paris com Yvonne Loriod. É professora na Escola de Artes da Universidade de Columbia. Em 2000 foi condecorada Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres pelo governo francês.
D’Est en Musique
Com projeção de imagens do filme D’Est (1993), de Chantal Akerman
Maurice Ravel
Kaddisch, para violoncelo e piano
Sergei Rachmaninov
Sonata para Violoncelo e Piano, em Sol menor, op. 19 (Largo – Allegro moderato)
Boris Tchaikovsky
Suite para Violoncelo solo em Ré menor (Aria)
Fryderyk Chopin
Sonata para Violoncelo e Piano, em Sol menor, op. 65 (Scherzo: Allegro con brio)
Bohuslav Martinů
Sonata para Violoncelo e Piano n.º 2, H. 286 (Largo)
Leoš Janáček
Poesia popular da morávia em canções, para violoncelo solo(transcrição de F. Krawczyk e S. Wieder-Atherton)
Béla Bartók
Danças populares romenas, para violoncelo e piano (IV Bucsumí tánc / III Pe loc)
Alfred Schnittke
Sonata para Violoncelo e Piano n.º 1 (Largo-Presto-Largo)
Sergei Prokofiev
Adagio op. 97bis, para violoncelo e piano (do bailado Cinderela)
Programa de sala (PDF 230 KB)
As imagens de D’Est, obra-prima da documentarista Chantal Akerman, permaneceram com Sonia Wieder-Atherton durante muito tempo. Ao assistir a um excerto do filme, sem som, na companhia de uma sonata de Schnittke, a violoncelista deu por si a imaginar a música a transformar os carros que rolavam sobre a neve em bailarinas cheias de leveza. Foi essa mediação emocional da relação entre música e cinema que Wieder-Atherton se propôs trabalhar e partilhar com a pianista Sarah Rothenberg, desenvolvendo o cativante projeto D’Est en Musique.
Ficha técnica
Héloïse Evano Direção geral
Quentin Balpe Direção de vídeo
Produção da Philharmonie de Paris, em colaboração com a Fondation Chantal Akerman, CINEMATEK e le Jeu de Paume.
Produção executiva Walter Films, com a preciosa ajuda do Théâtre du Soleil.
Sonia Wieder-Atherton agradece a Olivier Gluzman - Les Visiteurs du Soir.
Mecenas Gulbenkian Música
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