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Graindelavoix
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Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Grande Auditório Fundação Calouste GulbenkianPreço
50% – Menores de 30 anos
15% – Maiores de 65 anos
- Direção artística
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Graindelavoix
O Graindelavoix é um projeto artístico multidisciplinar e um coletivo de artistas com sede em Antuérpia. Foi fundado no início do século XXI pelo antropólogo e etnomusicólogo Björn Schmelzer. O fascínio pela voz, a genealogia dos repertórios vocais e a sua relação com os afetos, a história e as culturas, são alguns dos elementos que estão na base da sua filosofia e do seu trabalho. Depois das apresentações públicas iniciais, a primeira gravação – Missa Caput de Johannes Ockeghem (Glossa, 2006) – ajudou a catapultar o Graindelavoix para os palcos internacionais.
Cada novo projeto do Graindelavoix começa com um gesto musical concreto, um repertório ou uma obra, mas ao longo do processo de construção é dada especial atenção às ações do complexo fluxo do tempo e aos aspetos transformadores da prática, através da realização de uma leitura ativa no sentido medieval. O passado não é uma realidade sólida da qual estejamos separados, mas antes um conjunto contínuo de correntes e contracorrentes que vivem nos nossos corpos. Os artistas do Graindelavoix exploram a forma como poderão guiar os públicos também no sentido de reconstruírem as suas próprias memórias e significados. Os membros do Graindelavoix são oriundos de diferentes tradições, com diversificados antecedentes artísticos e conhecimentos, sendo esta heterogeneidade aprofundada em cada nova atuação.
O Graindelavoix é reconhecido pela sua abordagem pioneira e inteiramente nova de repertórios antigos. Recebeu várias distinções, incluído o prémio Edison, três prémios Klara Music, o prémio Caecilia da imprensa musical belga e vários prémios de revistas de música internacionais como Répertoire, Pizzicato e Scherzo.
Em 2011 o Graindelavoix colaborou com a companhia de dança Rosas, de Anne Teresa De Keersmaeker, na produção do espetáculo Cesena, estreado em Avignon. Cria regularmente projetos multimédia e multidisciplinares como os filmes Ossuaires e Muntagna Nera, ou a peça teatral em torno da polifonia alemã do início do século XVI, Trabe Dich Thierlein, que estreou no Festival das Artes de Weimar em 2014. Apresentou-se em importantes palcos como os festivais Zomer Van Antwerpen, Laus Polyphoniae, Moussem Festival, Behoud de Begeerte, Berliner Festspiele, Brooklyn Academy of Music, Alkantara Festival, Wratislavia Cantans, Alte Musik Regensburg, Kunstfest Weimar Ruhrtriennale, Festival de Santes, Avignon Festival, Concertgebouw Amsterdam, De Doelen Rotterdam ou Bozar Brussels, entre outros. Desde 2015, o Graindelavoix é agrupamento residente na Fundação Royaumont, perto de Paris. Apresentou-se pela primeira vez na Gulbenkian Música em abril de 2014.
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Björn Schmelzer
Direção
Artista multidisciplinar, Björn Schmelzer estudou antropologia e musicologia. É o fundador e diretor artístico do projeto Graindelavoix, um coletivo que junta artistas de diferentes disciplinas e que desenvolve a sua atividade em torno da reabilitação dos repertórios antigos, explorando os anacronismos fundamentais das práticas artísticas ao longo dos tempos.
Björn Schmelzer percorreu um longo caminho de pesquisa, inicialmente no espaço mediterrânico – Itália (Sardenha e Sicília), Espanha, Portugal e Marrocos – tendo-se especializado em repertório vocal e práticas de interpretação. Estudou várias tradições vocais medievais, a sua perpetuação e sobrevivência no tempo, os estilos de ornamentação e a lógica do conhecimento operativo. Através da combinação deste trabalho com informações e conhecimentos de antropologia, de história, de geografia humana e de etnomusicologia, elaborou vários programas originais para concertos.
Björn Schmelzer publicou vários ensaios e artigos em revistas especializadas e em publicações académicas. Como resultado de dez anos de experiência com o Graindelavoix, está atualmente a redigir um livro sobre práticas vocais. Recebeu vários prémios, incluindo o prémio para o “Jovem Músico do Ano” da imprensa musical belga. Em 2011 tornou-se o primeiro Creative Fellow in Musicology, uma colaboração entre o Festival de Música Antiga de Utrecht e o Centro de Humanidades da Universidade de Utrecht. Para além das suas atividades como diretor artístico do Graindelavoix, realizou filmes, tanto ficcionais como documentais, frequentemente relacionados com os projetos do Graindelavoix. Como dramaturgo e encenador, colaborou nos seguintes espetáculos: Cesena, com a companhia Rosas de Anne Teresa De Keersmaeker; Muntagna Nera, com Filip Jordens e Jan Van Outryve; Ossuaires, com Koen Broos e Wim Scheyltjens; Trabe Dich Thierlein, com Margarida Garcia, Koen Broos e David Hernandez; Hospital of Undersized Gestures, com Koen Broos e Margarida Garcia.
Rolling Stone
Missa do Terramoto, a 12 vozes,
de Antoine Brumel, em Tempos de Catástrofe
Numa tentativa de responder à pergunta “O que podem a arte e a música significar num tempo de calamidade e de crise?”, o agrupamento vocal belga Graindelavoix recria uma obra-prima do repertório coral, a Missa Et ecce terrae motus do compositor renascentista francês Antoine Brumel. A partir de um singular cruzamento com outras referências, Brumel é interpretado num cruzamento com a pintura do flamengo Pieter Bruegel e com o documentário neorrealista Il Culto delle Pietre. Um questionamento artístico de ideias como a ressurreição ou a inércia do mundo moderno, repensando sempre o diálogo que se pode estabelecer com o passado.
Guia de Audição
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Por Björn Schmelzer e Pedro Lagoa
Ficha técnica
Teodora Tommasi, Florencia Menconi Sopranos
Andrew Hallock Contralto
Albert Riera, Andrés Miravete, Marius Peterson Tenores
Tomàs Maxé, Arnout Malfliet Baixos
Lluis Coll i Trulls Corneto
Berlinde Deman Serpentão
Pierre-Antoine Tremblay Trompa
Christopher Price Trompa
Manuel Mota Guitarra elétrica
Björn Schmelzer Conceito artístico
Manuel Mota Conceito sonoro, arranjos e composição
Alex Fostier Engenheiro de som
Fostier, Garcia e Schmelzer Desenho de luz e cenografia
Margarida Garcia Assistente artística e de som
Katrijn Degans Produção
Uma coprodução com: Klarafestival Brussels, Muziekcentrum De Bijloke Gent e Kunstfestspiele Herrenhausen.
Mecenas Gulbenkian Música
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