Após dezasseis anos de atividade, os músicos do Quatuor Béla, caracterizados como “enfants terribles du quatuor français”, definem um percurso singular, entre a tradição e a modernidade. Intimamente ligados ao repertório antigo para quarteto de cordas, que defendem no seio de programações clássicas de excelência, em França e no estrangeiro, (Philharmonie de Paris, Teatro Mariinsky, BeethovenFest), contribuem para a manutenção da tradição do quarteto de cordas no seio da vida musical contemporânea. Por outro lado, o seu intenso trabalho em torno de encomendas e estreias de novas obras foi distinguido em 2015 com o Prémio da Imprensa Musical Internacional. Este objetivo tem-se concretizado em colaboração com compositores de diferentes gerações como Francesca Verunelli, Misato Mochizuki, Noriko Baba, Kaija Saariaho, Philippe Leroux, Francesco Filidei, Benjamin de la Fuente, Jean-Pierre Drouet, François Sarhan, Daniel D’Adamo, Thierry Blondeau, Marco Stroppa, Jérôme Combier, Garth Knox, Karl Naegelen, Frédéric Aurier, Robert Platz, Aurelio Edler-Copes ou Frédéric Pattar, entre outros.
É também com grande convicção, guiada pela personalidade e a obra de Béla Bartók, que o quarteto imagina encontros com personalidades ecléticas: “Si oui, oui. Sinon non”, com Albert Marcoeur; “Impressions d’Afrique” com Moriba Koïta; ou “Jadayel”, com os mestres palestinianos Ahmad Al Khatib e Youssef Hbeisch.
Reconhecido pela sua “técnica diabólica” (Télérama) e pelo seu compromisso musical, o Quatuor Béla colocou-se também voluntariamente, nos últimos anos, ao serviço da música de compositores da Europa central do início do séc. XX como Janáček, Schulhoff, Krása, Bartók, Szymanowski ou Webern. A sua discografia foi distinguida pela crítica internacional, incluindo ffff Télérama, Luister 10 Award, Gramophone Critic’s Choice Award, Prix Charles Cros e ainda destaques especiais nas revistas Diapason e Le Monde de la Musique.