Esta exposição está integrada nas comemorações dos 25 anos da Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses e consequentemente na «III Exposição Nacional de Gravura», cujas primeira e segunda edições ocorreram nos anos de 1976 e 1979, respetivamente.

David de Almeida (1945-2014) foi, juntamente com Sérgio Pinhão (1949), um dos artistas distinguidos com o «prémio de exposição» na «II Exposição Nacional de Gravura», em 1979. Nesse mesmo ano, o «prémio de edição» havia sido atribuído a Lourdes Leite, Matilde Marçal, Maria Gabriel, Nuno Barreto, António Bouça, Luísa Nogueira, Marília Viegas e Emília Nadal.

Na sequência deste prémio, David de Almeida e Sérgio Pinhão foram convidados a realizar uma exposição individual, com direito a catálogos próprios. A exposição de David de Almeida decorreu no mesmo local, a Galeria de Exposições Temporárias da Sede da FCG (piso 01), e em simultâneo com a «III Exposição Nacional de Gravura», onde o artista também estava representado com cinco gravuras.

Inicialmente David de Almeida terá selecionado 65 trabalhos, mas tanto a FCG como a Gravura manifestaram a necessidade de redimensionar o espaço expositivo. Assim, foram expostas 40 obras do artista na exposição individual, produzidas entre os anos de 1976 e 1981. O catálogo da exposição reproduziu 20 dessas obras.

Ao contrário do que acontecera no período do pós-25 de Abril, a gravura era, nesta época (em 1981), uma técnica pouco utilizada pelos artistas e, como tal, pouco reconhecida pela imprensa especializada e pelo público (David de Almeida, 1981). David de Almeida era, à data, o único gravador profissional a trabalhar em Portugal (Ibid.).

Ana Lúcia Luz, 2018