Daphné Zepos

Exposição individual da artista francesa, naturalizada grega, Daphné Zepos (1945), organizada pelo Serviço de Exposições e Museografia. A divulgação na imprensa nacional destacou a qualidade técnica da artista e o lado oculto e místico das pinturas apresentadas.
Solo exhibition on French-born Greek artist Daphné Zepos (1945) organised by the Exhibition and Museography Department of the Calouste Gulbenkian Foundation. The press coverage of the show focused on the artist’s technical skill in addition to the dark, mystical side of the paintings displayed.

Exposição de pintura da artista francesa, naturalizada grega, Daphné Zepos (1945), organizada pelo Serviço de Exposições e Museografia da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), com o apoio da Embaixada da Grécia em Portugal.

A exposição apresentou 23 pinturas a óleo na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da FCG (piso 0), de 23 de março a 14 de abril de 1991, e partiu da sugestão de José Blanco, administrador da FCG.

O catálogo da exposição contém textos de Juan J. Luna, conservador e chefe do Departamento de Pintura Francesa, Inglesa e Alemã do Museo del Prado, Madrid, José María Bermejo, crítico de arte do jornal El Independiente, e de Lima de Freitas, pintor português.

Na imprensa nacional da época, seria referido o extraordinário domínio técnico da artista, fruto do «oculto e do simbolismo, das emoções e dos sentimentos. […] Daphné reflecte nas suas interpretações na tela o misticismo oriental que tanto a impressionou, mas fá-lo sem hipotecar a sua poderosa imaginação» («Pintura mística de Daphné Zepos na Gulbenkian», Diário Popular, 1 abr. 1991).

Segundo Manuela de Azevedo, «esta pintora grega vem discretamente animar a programação algo suspensa (está em obras a galeria principal) do Serviço de Exposições e Museografia daquela importante Fundação». Ainda neste artigo, o trabalho de Zepos é aclamado pela sua riqueza cromática e pelo «perfeito acabamento» dos seus retratos (Azevedo, Diário de Notícias, 6 abr. 1991).

Apesar de os retratos de Zepos serem muito elogiados, o destaque na exposição foi para o conjunto de trabalhos que se debruçavam sobre o mundo vegetal, marcados por largas pinceladas, de cores quentes e atmosfera orientalizante: «É, ao mesmo tempo, extravasante e penetrante o seu dom de comunicação. Óleos sobre tela, telas sem título, a pintura de Daphné Zepos coloca-nos perante paisagens oníricas, de longas perspectivas e flora de folhas lanceoladas, pondo em evidência a segurança do seu pulso, quase a tocar o gestualismo abstracto.» (Azevedo, Diário de Notícias, 6 abr. 1991)

Carolina Gouveia Matias, 2018


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

Menez (à esq.), José de Azeredo Perdigão (ao centro) e José Sommer Ribeiro (à dir.)

Documentação


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Biblioteca de Arte Gulbenkian, Lisboa / Dossiê BA/FCG

Coleção de dossiês com recortes de imprensa de eventos realizados nas décadas de 80 e 90 do século XX, organizados de forma temática e cronológica. 1984 – 1997

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM 00480

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém convite, correspondência interna e externa, orçamentos, material para o catálogo e recortes de imprensa. 1990 – 1991

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0272-D00876

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG, Lisboa) 1991

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0272-D00877

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG, Lisboa) 1991


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