José António Flores

1940, Estremoz, Portugal – 2011, Lisboa, Portugal

Desenhador no Gabinete de Desenho Técnico (Serviço de Projectos e Obras); Designer gráfico para vários serviços da Fundação Calouste Gulbenkian (a partir de 1960); Colaborador do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian (anos de 1990)

Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa, onde viria a ser professor, e trabalhou no ateliê do arquiteto Barata da Rocha. A sua ação destacou-se na obra gráfica e em gravura, técnicas nas quais era um dos maiores especialistas em Portugal.
Participou em várias exposições de gravura, nomeadamente na exposição comemorativa dos vinte anos da «Gravura», Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, de que era sócio. Participou no mural do Museu de Arte Popular, em Belém, no verão de 1974. Em 1994, realizou exposições individuais nas galerias municipais de Vila Franca de Xira e de Sobral de Monte Agraço, na Galeria de Arte Moderna da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA) e no Clube 50, em Lisboa. Está representado no Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes, em Mirandela, nas Galerias Municipais de Vila Franca de Xira, no Museu Municipal de Estremoz Prof. Joaquim Vermelho, cuja galeria de desenho ajudou a criar, e em diversas coleções particulares. Na Tipografia Pacheco, aprendeu muito com Sebastião Rodrigues, de quem se tornou amigo.
Integrou os quadros da Fundação no início dos anos de 1960, como desenhador no Gabinete de Desenho Técnico (Serviço de Projetos e Obras). Nessa altura, passou a trabalhar como designer gráfico para vários serviços da Fundação: a Presidência; o Serviço de Música (programas, cartazes e publicações para as «Jornadas de Música Antiga» e para a programação geral da Orquestra, do Ballet e do Coro Gulbenkian); a Biblioteca de Arte; os Serviços Centrais; o Serviço de Educação e Publicações; o Serviço de Animação, Criação Artística e Educação pela Arte (ACARTE); o Museu Gulbenkian, neste último caso, com folhetos vários e dois catálogos; e o Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAMJAP). Realizou edições da Colóquio/Artes e da Colóquio/Letras e, nos anos 90, a convite do professor João Caraça, criou a Colóquio/Ciência. Fez o design gráfico do catálogo da exposição «O Engenho e a Arte: Colecção de Instrumentos do Real Gabinete de Física» (1997), organizada pelo Serviço de Ciência, para o qual criou diversos outros materiais gráficos. Para o Serviço Internacional, colaborou numa trabalhosa reedição do livro de Mariette, reconstituição de um livro de gravuras do século XVIII, originalmente encomendado por Dom João V a Pierre-Jean Mariette.
No Serviço de Belas-Artes, trabalhou com Fernando Azevedo, Carlos Wallenstein e Bénard da Costa. Assinou livros dos ciclos de cinema e muitos cartazes, folhetos e catálogos de exposições da Fundação. Aposentou-se no final de 1997. Desde a década de 1990 até 2011, integrou a direção da SNBA, da qual veio a ser nomeado sócio honorário, a título póstumo. Foi responsável pela criação gráfica das reedições de As Mulheres do Meu País, de Maria Lamas (2002 e 2003).


Publicações


Material Gráfico

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