A curadora Maria Rosa Figueiredo apresenta o projeto curatorial desta exposição começando por evocar o fascínio que o espelho sempre exerceu sobre ela durante a sua infância, com o qual «tinha longos diálogos», como o menino da obra selecionada para a exposição, Svyato (2005), de Victor Kossakovsky. Além disso, o espelho evoca igualmente uma outra memória de infância, a leitura de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, cuja personagem explora o outro lado do espelho, num universo intrigante e fantasioso.

A partir das memórias e do fascínio pelos múltiplos reflexos que os espelhos podem proporcionar (até ao infinito), Rosa Figueiredo reflete sobre a potencialidade das imagens, verdadeiras ou falsas, que podem ser obtidas com o espelho e através dele.

O depoimento é legendado em português.