Performance de Isabel Carvalho, intitulada É um oceano; não é uma poça de onde se bebe uma vez, realizada no âmbito da exposição «Sob o Signo de Amadeo. Um Século de Arte». A performance consiste na leitura de um texto pela artista, da sua autoria, no espaço da exposição «Sob o Signo de Amadeo».
Tendo respondido ao desafio de ativar uma obra da coleção, Isabel Carvalho dedica-se à série de 23 desenhos expostos de Ana Hatherly, intitulados A Romã, de 1973.
Conta a história desses desenhos e fala extensamente do valor simbólico da romã. Sublinha a sua projeção simbólica individual sobre a remissão do fruto para a ideia de estrangeiro, emigrado ou exilado. Pelo caminho fala de sensibilidade, educação, sentido comunitário, rituais, perdas de relação, de vivências, de intuições e de ligações com o divino. Lembra os valores simbólicos do fruto para Ana Hatherly e para outros. Fala do lugar ocupado pelo artista escritor na separação/reconciliação da vida e da arte. E da devolução de um símbolo à comunidade.