«para a Merícia com sinal de amizade e…»
[frente, canto inferior direito]
Este desenho faz parte de um lote oferecido pelo pintor à poetisa portuguesa nascida na Beira (Moçambique), que usaria ilustrações do pintor na edição de Pássaro Preso (1946), sendo este um dos desenhos mais melancólicos e soturnos do que se conhece deste conjunto. A imagem de uma mãe de seio desamparado com uma criança morta estatelada, sob um céu negro, alude para uma espécie de maternidade padecida e interrompida. A dedicatória do pintor à poetisa queda também numa significativa suspensão ao fechar com uma abertura no uso de reticências: «para a Merícia com sinal de amizade e…»