«Portugal
Insular
Reduzir para
metade do tamanho
dos traços
António da Costa»
[verso]
«A. Dacosta»
[frente, margem inferior direita]
Segundo relatos, este desenho terá resultado de um pedido da Comissão da Exposição Comemorativa do Duplo Centenário, da Fundação e da Restauração de Portugal (ou «Exposição do Mundo Português», que se realizaria em 1940) a António Dacosta para que apresentasse uma proposta. Portugal Insular seria essa proposta, declinada por desajustamento ao espírito da Exposição de 1940. Em 1939, em visita de Verão a Angra, na esplanada de um café no pátio da alfândega, Dacosta terá desenrolado o desenho, apresentando-o ao pintor Francisco Coelho Maduro Dias (1904-1986), a quem narrava a história. Perante o fascínio pela obra e respetiva narrativa por parte de Maduro Dias, Dacosta de imediato lho ofereceu, pertencendo hoje à família deste pintor. O desenho tem-se mantido inédito de grandes retrospetivas, tendo contudo sido reproduzido com comentário num periódico de Angra, em 1966 (Diário Insular, 19 maio 1966, p. 2). Mais tarde seria reproduzida em dois volumes de Francisco Ernesto de Oliveira Martins (Martins, 1980, p. 431; Martins, 1985, capa). Contudo, a obra só seria exposta pela primeira vez em 2014.
A obra apresenta semelhanças com o óleo Gasogénio [ADP8], da mesma época, no modo como se centra na figura e desta desdobra uma série de estranhos elementos por metamorfose e conjugação.
Existe uma reprodução assinada [segunda imagem] pertencente a Maria do Carmo Sousa Lima, certamente a partir de impressão da capa da 1ª Bienal de Arte dos Açores e Atlântico (1985). Foi adquirida a Manuela Almeida, viúva de David Almeida, a quem Dacosta oferecera a reprodução.
Dias, Fernando Rosa, António Dacosta. A Tentação Mítica. Açores: Secretaria Regional da Educação e Cultura; Direção Regional da Cultura; Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2016