A pintura O Gasogénio pertenceu à coleção de Agostinho Fernandes (1886-1972), importante colecionador de arte moderna e empresário de vulto que se destacou sobretudo na indústria das conservas. Mais tarde, em 2004, a obra surgia no Leilão de Pintura Portuguesa, Antiguidades, obras de Arte e Pratas da Cabral Moncada Leilões, sendo então adquirida por Paulo Pimenta, empresário e colecionador do Porto.

Nesta obra, através de uma figura humana quase irreconhecível, surgem associações de formas que se transformam em seres «inomináveis e incompletos», que caem em arco sobre o dorso desta personagem «num ritmo que forma como que uma grande letra capital que, por coincidência, é um enorme D» (António Dacosta. Scène Ouverte, 2007, p. 5).

O título O Gasogénio faz referência aos dispositivos de aproveitamento energético da madeira ou do carvão, utilizados para obter energia em tempos de escassez de combustível, tal como que utilizavam durante a Segunda Guerra Mundial.