De acordo com os catálogos das exposições «Exposições de Arte Portuguesa dos Séculos XIX e XX em Colecções Particulares II. Artistas Figurativos. Pintura e Desenho em 5 Colecções», de 1972 e «Os Anos 40 na Arte Portuguesa» da Fundação Calouste Gulbenkian, de 1982, esta obra terá pertencido à coleção de Dário Martins durante o tempo que corresponde às duas exposições.

Terá estado na exposição que o crítico de arte Rui Mário Gonçalves dedicou ao pintor em 1969, segundo indicam descrições de Francisco Bronze em crónicas no Diário de Lisboa («Um surrealista em retrospectiva», 1969) e na revista Colóquio (n.º 52, fevereiro 1969), referindo-se a um grupo de fugitivos a olhar para a sua cidade em chamas no horizonte.

Este tipo de imaginário, centrado em pequenos grupos de figuras de pobres em arrabaldes, como exilados, encontram-se noutros desenhos da época, com destaque para a ilustração para o texto «Véspera de Natal» (c. 1942) [ADD768] de J. G. Martins Alves e outro desenho da coleção de José-Augusto França [ADD45].