- Obras
- Desenho
- Festas do Espírito Santo
- Em Louvor de
Estudo para Altar Nave «Em Louvor de…»
- N.º Inv.
- ADD605
- Data
- 1988
- Materiais e técnicas
- Tinta acrílica, lápis de cera e colagem sobre papel
- Medidas
- 13 x 21 cm
- Proveniência
- Coleção privada
- Inscrições
«Em Louvor de…»
[frente, canto superior esquerdo]«Escultura – Altar
Bairro E. Santo»
[frente, canto superior esquerdo]«Materiais
Tapete e mastros
em aço
Orla da estrutura
em círculo pintado
a brancos»
[frente, quadrante superior esquerdo]«Espírito Santo
1º esboço»
[frente, quadrante superior direito]«[ilegível]»
[frente, quadrante superior direito]«E. SANTO – PROJECTO ESCULTURA»
[verso, margem superior ao centro]«Dez 88 A.Dacosta»
[verso, margem inferior ao centro]
Esta peça apresenta dois estudos, na frente e no verso, para o monumento Altar Nave «Em Louvor de…» [ADPP418], assumindo-se como o da frente o que apresenta uma vista do altar e como o verso as especificações do projeto. Em 1988, Dacosta efetua os primeiros estudos para o que chamou “escultura-altar”, uma obra de dimensão pública, a colocar em Angra do Heroísmo, relativa às Festas do Espírito Santo, culto com particular tradição no arquipélago dos Açores. Transportaria esses estudos na sua última viagem a Angra, referindo-o a alguns amigos locais. O monumento-altar foi pensado no rigor de uma dimensão física concreta: «O local escolhido, Corpo Santo, teria de ser mais ou menos elevado de forma a que a parte alta, se não todo o monumento, se torne visível do mar e da beira da Alfândega»; mas também uma dimensão simbólica: «Este monumento guarda em si uma dupla memória: a da nave de uma igreja e a de uma nave de navegação. Caravela em terra, por assim dizer» (Almeida, «Uma ideia de António Dacosta. Em louvor da Vida – A Riqueza de muitas leituras», 1995).
Foi postumamente que se decidiu realizar esta obra [ADPP418]. A ideia para se avançar com o projeto teve o apoio de vários amigos de Dacosta de Angra do Heroísmo (ver, por exemplo, a sugestão Álvaro Monjardino, «Três Notas Sobre o Património Cultural». do Instituto Histórico da Ilha Terceira, Volume XLIX, 1991, pp.493-510). Foram escolhidos o arquiteto Sérgio Infante e o escultor José Aurélio, que desenvolveram o projeto a partir de esboços de António Dacosta. Instalado na falésia do Cantagalo de Angra, o monumento seria inaugurado em 1995, no dia do Espírito Santo, misturando-se o evento com os festejos religiosos locais, acompanhado de palestras e de uma exposição de Dacosta em Angra.
Este estudo pertenceu a João Afonso, importante amigo angrense de António Dacosta, e pertence hoje a uma coleção particular.