Escrito sobre um cartão de Luiz Fagundes Duarte, amigo de António Dacosta, também nascido na ilha Terceira, doutorado em linguística portuguesa e que tem escrito sobre a obra poética do pintor.

As inscrições de Dacosta apresentam o desenho de um quadro a incluir um espelho com um Tau («T») (numerado como 1) e outro representando o que parece ser um autoretrato (numerado como 2). Em baixo esboça uma inscrição a colocar: «A figura viva da arte é o espectador» ou «Natureza Morta». Tudo indica ser a conceção de um projeto de teor pictórico e instalativo, que faz uma reflexão sobre a existência, um trabalho sobre a presença e a ausência, com relações com as questões da autorrepresentação e da efemeridade da pintura, como em A Flor, a Máscara e Eu Adolescente [ADP257], entendíveis a partir dos estudos presentes no Bloco de desenhos «Saudade» [ADD518]. Este trabalho deve entender-se na mesma linha de pesquisa desses estudos.