Bicho Bichial

N.º Inv.
ADP146
Data
1982
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre tela
Medidas
88 x 115 cm
Proveniência
Col. Maria da Luz Sequeira
Inscrições

«A. Dacosta»
[frente, canto inferior direito]

«A. Dacosta
82
“Bicho Bichial”»
[verso, quadrante superior esquerdo]

O quadro Bicho Bichial, de 1982, foi apresentado na exposição individual de António Dacosta, em 1983, na Galeria 111. Cinco anos depois, foi exposto na Fundação Calouste Gulbenkian e na Fundação de Serralves, pertencendo a João de Lencastre, de acordo com o catálogo, tendo pertencido depois a Madalena Fragoso, que foi diretora da revista Máxima, passando depois para a sua atual proprietária, Maria José de Melo Vieira de Matos.

Esta pintura nasce de uma breve lengalenga tradicional infantil dos Açores. O próprio Dacosta deixou em conversa filmada para documentário a inspiração deste quadro numa canção infantil tradicional dos Açores e Canárias. Também Vitorino Nemésio, poeta e amigo de Dacosta, em Mau tempo no Canal (1944), faz referência a esta lengalenga:

«Metidas nos biocos dos “mantos” e fortes de confidência, lá iam comprar um melão ou um repolho ao mercado e dispersavam-se na cidade como as lagartas que as crianças da Terceira obrigam a desenroscar-se, perguntando: Bicho Bichiel, pra que banda é Sã Miguel?… Bicho Bichial, pra que lado fica o Faial?…

A proa do San Miguel, dobrando a Ponta do Monte às duas da tarde, respondia que o Faial fica a oeste. (…)»

(Capítulo XXXVII. Epílogo: Andante; Poi Allegro, Non Troppo)


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica


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