«Pode considerar-se que o projeto das Assinaturas constituiu a última série projetada por Dacosta, razoavelmente descortinável, apesar de ter ficado apenas em pequenos exercícios sobre papel e sem nunca passar para as grandes super­fícies como desejava. Centrada em nomes de pintores primitivos portugueses, to­mou como ponto de partida o livro de Vergílio Correia, Pintores Portugueses do Século XV e XVI, obra que efectuava um dos primeiros grandes esforços de levantamento e sistematização dos nomes desses pintores primitivos portugueses. […]

A forma dominante da composição centra-se na assinatura, lugar do últi­mo gesto do artista, de um gesto que normalmente fecha e acaba a obra, ao mes­mo tempo que a legitima. […] A assinatura que fecha e sagra a obra, devolve-se como a sua imagem como uma exi­bição da aurificação.»

(DIAS, 2016, pp. 318; 320)