[…] Dois Limões em Férias (1983) surge-nos

«[…] Dois Limões em Férias (1983) surge­-nos com um título sem lógica deter­minável que abre apenas um grau de incredibilidade como espectativa. À esquerda, os limões afirmam o ama­relo como uma ampla sensorialida­de cromática e luminosa que anima a textura da superfície. […] Sem hibridismos, irrupções, ou estranhas formas de associação, em Limões em Férias grassa a liberdade de uma aparição, em que a impossibilidade do que aparece supera a estranheza. […]

Quase ao centro observa-se um remador que do seu pequeno barco con­templa os limões. Esta figura terá sido inspirada das estadias de férias de Dacosta e da família em Aurora no Estado de Nova Iorque […].

Na pintura domina mais o vazio que a profundidade, expressando um efeito de abertura do espaço. Este efeito resulta desse prazer da extensão da cor que marca esta fase.»

(DIAS, 2016, pp. 248-249)


Bibliografia


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