Dacosta representou uma proximidade num plano de madeira

«Dacosta representou uma proximidade num plano de madeira, simulado pela pintura, com alguns elementos sobrepostos [régua e cartas], num jogo de ilu­sões de proximidade física ao sabor das naturezas-mortas barrocas […], a que contrapõe um espaço aberto com uma rapariga de bicicleta numa paisagem urbana. Um orifício abre-se como um postigo com forma de buraco de fechadura ao mesmo tempo que, por associação dos elementos, se alude a um rosto ou máscara. Observamos três funcionamentos na imagem desta pintura: a natureza-morta […], a simulação em jogos duplos de ambiguidade […] colocada na zona de mediação e separação com a terceira, a cena de fundo, com uma paisagem que funde referên­cias simbolistas com presumíveis memórias de paisagens de Angra do Heroísmo por onde se atravessa uma menina numa bicicleta. […]

Este é o primeiro caso assinalável, na pintura de Dacosta, em que se ob­serva essa brecha, essa separação espacial e temporal com uma geografia pes­soal e afetiva relativa aos Açores.»

(DIAS, 2016, pp. 70-72)


Bibliografia


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