«A violência é mais explícita em Antítese da Calma (1940), quadro que foi posto em destaque num artigo de Vitorino Nemésio na revista Variante. Neste quadro, a figura principal está na diagonal descendente. É um jovem nu, abraçando com o braço esquerdo um touro-cavalo (símbolo do povo espanhol) e segurando com a mão direita uma granada (símbolo de luta). Uma mulher, também nua, chicoteia o jovem, enquanto outra, vestida, olha para o alto, em busca de um espaço menos dramático. Em baixo, num buraco junto à terra, emerge, como uma figura de Hieronimus Bosch, um rosto observador, que é o próprio Dacosta.»

(Rui Mário Gonçalves in Portugal Comtemporâneo, 1990, p. 302)