«A série Memória […] revela ou­tra particularidade de ligação à ilha Terceira, aludindo a um lugar muito concreto de Angra do Heroísmo: o Obelisco da Memória a D. Pedro IV […].

A Memória parece atuar mnemotecnicamen­te como atua geograficamente em Angra: um elemento sinalizador, um marco de referência que nos orienta como transeuntes. Na pin­tura surge como um triângulo que se explora como matriz formal de uma prolífera variação cromática e textural. A variação que incorpora não vacila o seu reconhecimento matricial. Deste modo, a série pa­rece funcionar como bússola ou antena das memórias profundas da infância angrense que Dacosta começava a cativar para o interior da sua pintura.»

(DIAS, 2016, pp. 214-215)