A pintura metafísica de Giorgio de Chirico

«A pintura metafísica de Giorgio de Chirico, de sombras projectadas, tempo suspenso, perspectivas impossíveis e contextos incompreensíveis, é aqui uma referência obrigatória, pelo menos no espaço à esquerda. Um gato em primeiro plano e, à distância, muralhas ameadas de um castelo ou de uma urbe e uma figura feminina. O muro que desliga a paisagem chiriquiana do espaço à direita, talvez uma memória dos Açores, inclui ao centro o que parece ser uma tomada eléctrica ou um interruptor. O efeito óptico, resultado da separação das duas paisagens e da colocação de um elemento divisório no centro da composição, intensifica a sensação de estranheza e a verticalidade da imagem. Esta estrutura recorda a solução utilizada por Cézanne em Le Bassin du Jas de Bouffan en hiver (c. 1878), onde o tronco de uma árvore despida de folhas organiza e divide a paisagem em dois espaços, à direita e à esquerda da árvore, eixo da composição.»

(SARAIVA, 2014, p. 24)


Bibliografia


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