A paisagem-cenografia é manipulada

«A paisagem-cenografia é manipulada como se fosse uma natureza-morta. No primeiro plano aparece o topo de um muro com um objecto inesperado, uma tomada de corrente, insólita, que imediatamente introduz um modo irónico de considerar a junção da cenografia metafísica (à esquerda) com a paisagem naturalista (à direita). As perspectivas sugerem uma falsa unificação, que nos reenvia para o círculo da tomada, círculo hipnótico, onde a custo descobrimos, por fim, que existem olhos de gato que nos fitam. O sentido do fantástico e da ironia atinge neste quadro uma alta complexidade.»

(Rui Mário Gonçalves in História da Arte em Portugal. Vol. 12, 1986, p. 172) 


Bibliografia


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