Uma das mais inventivas criadoras da música improvisada portuguesa, Susana Santos Silva tornou-se, nos últimos anos, um nome destacado na cena europeia, sendo chamada com frequência para se juntar a projetos liderados por gente como Anthony Braxton, Fred Frith, Mats Gustafsson, Hamid Drake ou Hedvig Mollestad. A par dos duos com Kaja Draksler e Torbjörn Zetterberg, do quarteto Hearth e dos grupos em que explora as suas composições, Santos Silva tem vindo a apresentar um cativante percurso a solo, em que à sua imprevisível trompete junta colagens sonoras, gravações de campo, vídeo e elementos eletrónicos. No seu mais recente e notável registo a solo, All the Birds and a Telephone Ringing, é guiada por teorias e mandamentos de John Cage.