Esta obra, de 1988, foi apresentada no mesmo ano na exposição de António Dacosta na Galeria 111. No seguimento das grandes retrospetivas realizadas na Fundação Calouste Gulbenkian e na Casa de Serralves, esta exposição individual apresentava obras de menor dimensão. Lá terá sido possivelmente adquirida pelo seu atual proprietário, passando a integrar a coleção P.O.P.
Esta obra faz parte de um pequeno conjunto de peças dos últimos anos de produção de Dacosta que cultivam uma recolha concisa de objetos em caixas-molduras, explorando o vazio do contentor, na relação com a disposição dos elementos contidos nas caixas. Neste caso, corresponde a um interesse pela recolha de objetos e a sua integração em caixas, como relicários, tal como se verifica em outras obras da sua fase final, por ex. Melancolia II [ADO439] e Sem título (Melancolia III) [ADO297]. O sinal vermelho faz alusão a uma mancha vermelha que surge na parte superior da caixa, interrompendo o fundo amarelo.