Esta obra pertenceu ao colecionador E.S. Ford, cônsul americano, a quem Dacosta também terá oferecido dois pratos pintados por si, como oferta de casamento. Mais tarde, Tourada foi adquirida por Manuel de Brito, aquisição mediada por Miriam Dacosta, pertencendo presentemente à coleção do Centro de Arte Manuel de Brito.

A obra relaciona-se com outros trabalhos em torno dos touros e das touradas da década de 1940 [ADD43; ADD64-67]. Contudo, a claridade tonal e o tema permitem aproximar esta obra das datas de Encontro do Poeta com a Morte (1941) [ADD27] e A Festa (1942) [ADP31], aproximando a sua data de 1942.

O mote da morte desta obra permite associar a questão do touro e da tourada ao sacrifício, remetendo para obras coevas como A Festa [ADP31], mas também para várias obras posteriores com o mesmo espectro de interesses, tais como Minotauro (1981) [ADP142], Quatro Flores para Goya (1981) [ADP143], Conduz ao Verde (1985) [ADP202] ou O Touro e a Dançarina (c. 1985) [ADP254] e, sobretudo, da série Em Louvor de… (1985-1986).