Sonolência Desfeita, uma das obras apresentadas na Casa Repe, em 1940 (identificada com o n.º 13), e na Galeria de Março, em 1952 (identificada com o n.º 4), pertenceu a Adolfo Casais Monteiro. A obra acompanhou o poeta na sua emigração para o Brasil, em 1954, não voltando a ser exposta em Portugal.
A pintura apareceu reproduzida no suplemento «Diálogo» (n.º8) do jornal Diário Ilustrado de 9 de março de 1957, p. 21, com a legenda «“Testemunho” – paisagem atlântica – de Dacosta, de um período feliz da história da pintura em Portugal».
Pensa-se que terá sido realizada um pouco antes de «Canto Hondo» aka Quermesse Espanhola [ADP15], devido à hibridez conferida na estilização das figuras. Apresenta também algumas semelhanças com O Gasogénio [ADP8], pela sua verticalidade e menor presença de figuras, o que nos indica que a data da sua produção deverá estar entre esta obra e «Canto Hondo» aka Quermesse Espanhola. Mas em Sonolência Desfeita assiste-se a uma interação tensa entre as figuras, algo que se iria verificar em posteriores figurações surrealistas de Dacosta («Canto Hondo» aka Quermesse Espanhola [ADP15], Antítese da Calma [ADP745] ou Cena Aberta [ADP746]).