Sonho de F.P. Debaixo de uma Latada numa Tarde de Verão

N.º Inv.
ADP751
Data
c. 1982 – 1983
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre tela
Medidas
134 x 121 cm
Proveniência

Col. CAM – Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (Inv. 84P129), em depósito nas instalações da Comissão Europeia, Bruxelas

Inscrições

«A. Dacosta»
[frente, canto inferior direito]

Sonho de F.P. Debaixo de uma Latada numa Tarde de Verão foi apresentada na Galeria 111 em 1983, na exposição que assinalou o decisivo reaparecimento de Dacosta com obras originais, após cerca de 30 anos de quase total suspensão criativa. Em 1984 foi adquirida à Galeria 111 pelo Centro de Arte Moderna (atual Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna).

Sobre a criação deste quadro e do aparecimento da figura de F. Pessoa, escreveu António Dacosta em carta ao crítico Rui-Mário Gonçalves: «a pancada veio-me do rótulo de uma velha garrafa de vinho do Porto, com vides e faunosinhas. Perdi-a, mas ficou-me a pulsar cá dentro, o desejo de dar à pintura um certo calor, um certo cheiro a vinho. Uma simples latada (Dionísios) com uvas. Estas aparecerem e quase logo a seguir o figurão instalou-se, exigente e irritante, de óculos e chapéu. E vi logo que o personagem era alguém. Mas quem? Identificou-o o Júlio Pomar. Assim se manifestou o Fernando Pessoa». É o quadro que descobre a personagem e que nesse encontro o encena, processando-se aquilo a que o pintor chamou o «meu modo algo mítico de olhar o mundo» (António Dacosta, carta a Rui Mário Gonçalves, cit. Gonçalves, «O reaparecimento de António Dacosta, pintor», 1983, p. 7.)


Exposições


Bibliografia


Antologia Crítica

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