Esta obra foi oferecida em 1988 por António Dacosta a Ruy Mesquita, jornalista brasileiro e na altura diretor do jornal O Estado de São Paulo (conhecido popularmente como Estadão), durante a estadia do pintor em São Paulo a propósito da Bienal. Atualmente a obra pertence ao filho do jornalista.

A figura mitológica da Sereia surge em várias obras de António Dacosta, possibilitando um cruzamento entre dois elementos, a Terra e a Água. Esta foi uma das figuras mais exploradas na mitografia íntima de Dacosta, isoladas ou em par, permitindo a exploração de variados cromatismos que se estendiam entre os verdes e os azuis do mar ou do céu, ou entre os beges e os amarelos da areia. Pelas semelhanças, é de supor que esta obra tenha servido de preparação para um dos maiores quadros realizados por António Dacosta em torno das Sereias, datado de 1983 [ADP163].