Esta obra de 1988 foi exposta no seu ano de produção na Galeria 111, onde foi organizada uma exposição individual no seguimento das grandes retrospetivas realizadas na Fundação Calouste Gulbenkian e em Serralves, com obras de menor dimensão.

Esta peça aproxima-se de um pequeno conjunto de peças dos últimos anos de produção de Dacosta que cultivam uma recolha concisa de objetos em caixas-molduras, explorando o vazio do contentor, na relação com a disposição dos elementos contidos nas caixas. Neste caso, o uso de fios de lã, pregos e colagem parecem retomar a pesquisa da expressão do material e da cor de finais da década anterior.