A produção de António Dacosta na segunda metade dos anos 70 foi caracterizada por um predomínio do abstrato, numa delicada expressão material dentro de uma estética algo intimista e de bricoleur, que será determinante para esse encontro com o prazer do fazer das mãos que marcava os primeiros anos deste regresso. Esta obra foi produzida durante essa época, pertencendo, como a maioria das obras realizadas nesta fase, à família Dacosta. No caso, corresponde a um interesse pela recolha de objetos e a sua integração em caixas, como relicários, à maneira de obras da época ou depois, na sua fase final, como Melancolia II [ADO439] e Sem título (Melancolia III) [ADO297].